Na metade de fevereiro, a Volkswagen lançou o compacto Up ! no Brasil. O carro foi classificado como uns dos mais seguros pela Latin NCAP e um dos mais econômicos pelo Inmetro , no entanto, os consumidores que decidiram comprar o carro logo após o lançamento se depararam com problemas na hora de contratar o um seguro para o veículo.

As corretoras de seguros utilizam a tabela de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), no entanto, os valores são atualizados somente uma vez por mês. Logo, as seguradoras não tinham uma base de preços para usar na cotação dos planos de seguro e passaram a utilizar o valor indicado na nota fiscal da compra.

No caso de um Up!, com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, rádio, farol de neblina e insulfilm, que custa R$ 36.129, o seguro para mulher com idade inferior a 25 anos, estudante, com estacionamento ou garagem para guardar o veículo e que more na zona Leste da capital fica em torno de R$ 2.981,65. O valor representa 8,25% do valor do carro, sendo que a cobertura com esse valor será válida por seis meses.

No entanto, a Fipe já atualizou sua tabela e considera que o mesmo carro custa R$ 31.760, com isso, o valor do seguro tende a diminuir. Caso seja considerada a mesma porcentagem, por exemplo, o valor do seguro sai por R$ 2.620.

De acordo com o coordenador da Comissão de Automóveis do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo), Nilson Arello, a tabela da Fipe, assim como do jornal do Carro e da Molicar, são utilizadas pelas seguradoras para definir de quanto será a indenização do sinistro.

“Para definir os parâmetros de custos, o consumidor precisa preencher um questionário de avaliação de risco no qual será analisado o perfil do condutor, como idade, profissão e sexo, além dos locais onde o veículo fica estacionado e onde ele pernoita”, explica.

Arello lembra que, com exceção dos carros importados, os valores que as montadoras passam para as tabelas leva em conta o custo de mão-de-obra e manutenção.

A supervisora institucional da Proteste – Associação de consumidores, Sônia Amaro, lembra que o ideal é que o consumidor não fique sem o seguro, pois existem os riscos de acidentes e roubos. “A recomendação é fazer uma pesquisa para avaliar os melhores preços e quais empresas oferecem os melhores serviços”, afirma.

No caso de o consumidor precisar pagar um valor maior pelo seguro por um tempo, até a definição do preço em tabelas, e depois tiver o valor do seguro reduzido, pode pedir uma compensação no momento da renovação do serviço ou em crédito com a seguradora.

Saiba mais em: InfoMoney

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